sábado, 27 de setembro de 2008
O MERO METAL
Cantaram na música a pornografia
Retiraram do progresso o pudor
Parafraseram seus paradoxos
Fizeram paradigmas do irreal
Faça da terra, a jóia rara
E do gelo, o frio que sopra a nossa morte
Transforme dilemas em teses inexplicáveis
E da areia quente, se façam as águas do mar
Como vendaval que destrói diamantes
Tornando a jóia, o mero metal
Soterrando minas de safira
Fazendo do dinheiro a alma de cada dia
Senhores de chuvas artificiais
Deuses que trovejam dentro de mim
Muros que retêm a cada instante
Almas que silenciam o protesto.
Wesley Martins
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